sábado, 1 de junho de 2013

Série: O Calvário e a Missa - (Parte IV)



Hoje faremos o estudo da quarta parte do texto do Venerável Bispo Fulton J. Sheen: " O Calvário e a Missa" que é uma tradução do prólogo do livro "Calvary and the Mass". Com isso terminamos esta série de estudos sobre o verdadeiro sentido da Santa Missa. Espero que os textos ao qual estudamos tenham trazido a todos uma maior espiritualidade e compreenção sobre o que realmente é a Santa Missa na vida do cristão.

 Fiquem com Deus e tenham todos um bom estudo!


O Calvário e a Missa - Parte IV

Apresentamos a última parte da tradução do prólogo do livro "Calvary and the Mass" do Venerável Bispo Fulton J. Sheen

Nós estávamos lá durante a Crucifixão. O drama já foi completado no que concerne à visão de Cristo, mas ainda não foi desfraldado para todos os homens, de todos os lugares e em todos os tempos. Se o rolo de um filme, por exemplo, tivesse consciência de si mesmo, ele saberia o drama do início ao fim, mas os espectadores no cinema não saberiam até que tivessem visto o filme se desenrolar na tela.

De maneira parecida, nosso Senhor na Cruz viu, em Sua mente eterna, o drama todo da história, a história de cada alma, e de como, mais tarde, ela reagiria à sua Crucifixão; mas embora Ele tenha visto tudo, nós não poderíamos saber como reagiríamos à Cruz até que nós fôssemos desenrolados na tela do tempo. Nós não tivemos consciência de estar presentes no Calvário naquele dia, mas Ele estava consciente da nossa presença. Hoje nós sabemos o papel que desempenhamos no drama do Calvário, apesar de que vivemos e atuamos agora no drama do século vinte.

Por isso o Calvário é atual; porque a Cruz é Crise; porque em um certo sentido as chagas ainda estão abertas; porque a Dor ainda permanece deificada, e porque o sangue, como estrelas cadentes, está ainda gotejando sobre nossas almas. Não há escapatória da Cruz nem mesmo através de sua negação, como fizeram os fariseus; nem mesmo vendendo Cristo, como Judas fez; nem mesmo crucificando-O como fizeram os executores. Nós todos vemos isso, quer abraçando a cruz como salvação, quer fugindo dela até a desgraça.

Mas, como isso se tornou visível? Onde acharemos o Calvário perpetuado? Nós acharemos o Calvário renovado, revivido, representando, assim como nós vemos, na Missa. O Calvário é um só com a Missa, a Missa é uma só com o Calvário, pois em ambos existe o mesmo Sacerdote e a mesma Vítima.

Imagine então o Sumo Sacerdote Cristo deixando a sacristia do céu para o altar do Calvário. Ele já colocou a túnica da nossa natureza humana, o manípulo do nosso sofrimento, a estola do sacerdócio, a casula da Cruz. O Calvário é sua catedral; a rocha do Calvário é a pedra do altar; o sol avermelhado é a lâmpada do santuário; Maria e João são os altares laterais vivos; a Hóstia é seu Corpo; o vinho é Seu Sangue. Ele em pé é o Sacerdote, mas prostrado é a Vítima. Sua Missa está para começar.

* Dois parágrafos relacionados aos capítulos do livro foram omitidos.
 
 
 
Fonte: Calvary and the Mass, Fulton J. Sheen - Tradução: Equipe Christo Nihil Praeponere
 
 

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  2. O Calvário e a Missa - Parte II
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