sábado, 31 de maio de 2014

Vamos defender a vida


Descubra como você pode ajudar a derrubar a Lei Cavalo de Troia e afugentar o aborto do Brasil

Este é um momento importantíssimo de nossa luta em defesa da vida, contra a legalização do aborto no Brasil. No ano passado, a Lei n. 12.845/2013, que aparentemente dispunha “sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual”, foi sancionada pela Presidente da República. Olhando para a linguagem do texto legal, alertamos que esta lei abriria uma brecha para a possibilidade de se fazer o aborto em nosso país. Com razão o então projeto foi apelidado de “Cavalo de Troia”.



O argumento do governo – e até de algumas pessoas do movimento pró-vida – era o de que esta lei se referia tão somente à proteção da mulher e que não tinha nada que ver com o Poder Executivo – ainda que fosse o próprio Ministério da Saúde a propor o projeto de lei.

Acontece que, na última semana, o mesmo Ministério da Saúde, por meio da Portaria n. 415 de 2014, regulamentou a Lei Cavalo de Troia, incluindo na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde a “interrupção da gestação/antecipação terapêutica do parto”, fixando o preço do abortamento em R$ 443,40. O mesmo preço de um parto. (Aparentemente, para essas pessoas, a morte e a vida são a mesma coisa.)

Diante da notoriedade que ganhou a portaria, o Ministério da Saúde acabou por revogá-la esta semana (pela Portaria n. 437), sem apresentar nenhuma justificativa. No entanto, a verdade já havia sido revelada: realmente, a Lei Cavalo de Troia foi concebida para disseminar a prática do aborto no Brasil.

Se a portaria foi felizmente revogada, a Lei Cavalo de Troia, no entanto, continua vigente. Só poderemos cantar um canto de verdadeira vitória quando este texto for totalmente retirado de nosso ordenamento jurídico.

Para isso, é preciso que ajamos, entrando em contato com os parlamentares da Câmara dos Deputados. Há um projeto de lei no Congresso Nacional, de autoria do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que “revoga a Lei n.º 12.845, de 1º de agosto de 2013”: trata-se do Projeto de Lei n. 6033/2013. É importante que todos os brasileiros, independentemente da religião que professam, telefonem e enviem e-mails aos nossos parlamentares, pedindo que aprovem com urgência o PL 6033/13, a fim de varrer do mapa do Brasil a perfídia do aborto e da cultura da morte.

Segue abaixo a lista com os telefones e e-mails de contato das lideranças dos partidos e dos parlamentares de cada estado:

Liderança do Governo
Henrique Fontana (PT-RS) / 0 xx (61) 3215-9001;
lid.govcamara@camara.leg.br

Liderança da Minoria
Domingos Sávio / 0 xx (61) 3215-9820;
lid.min@camara.leg.br

PT Partido dos Trabalhadores
Vicentinho / 0 xx (61) 3215-9102
lid.pt@camara.leg.br

PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Eduardo Cunha / 0 xx (61) 3215-9181 / 80
lid.pmdb@camara.leg.br

PSD Partido Social Democrático
Moreira Mendes / 0 xx (61) 3215-9060 / 9070
lid.psd@camara.leg.br

PSDB Partido da Social Democracia Brasileira
Antonio Imbassahy / 0 xx (61) 3215-9345 / 9346
lid.psdb@camara.leg.br

PP Partido Progressista
Eduardo da Fonte / 0 xx (61) 3215-9421
lid.pp@camara.leg.br

PR Partido da República
Bernardo Santana de Vasconcellos / 0 xx (61) 3215-9550
lid.pr@camara.leg.br

DEM Democratas
Mendonça Filho / 0 xx (61) 3215-9265 / 9281
lid.dem@camara.leg.br

PSB Partido Socialista Brasileiro
Beto Albuquerque / 0 xx (61) 3215-9650
lid.psb@camara.leg.br

SD Solidariedade
Fernando Francischini / 0 xx (61) 3215-5265
lid.solidariedade@camara.leg.br

PROS Partido Republicano da Ordem Social
Givaldo Carimbão / 0 xx (61) 3215-9990
lid.pros@camara.leg.br

PDT Partido Democrata Trabalhista
Vieira da Cunha / 0 xx (61) 3215-9700 / 9701 / 9703
lid.pdt@camara.leg.br

PTB Partido Trabalhista Brasileiro
Jovair Arantes / 0 xx (61) 3215-9502 / 9503
lid.ptb@camara.leg.br

PSC Partido Social Cristão
Andre Moura / 0 xx (61) 3215-9762 / 9771 / 9761
lid.psc@camara.leg.br

PRB Partido Republicano Brasileiro
George Hilton / 0 xx (61) 3215-9880 / 9882 / 9884
lid.prb@camara.leg.br

PV Partido Verde
Sarnye Filho / 0 xx (61) 3215-9790 / Fax: 0 xx (61) 3215-9794
lid.pv@camara.leg.br

E-mails dos Gabinetes das Lideranças

 
lid.govcamara@camara.leg.br;
lid.min@camara.leg.br;
lid.pt@camara.leg.br;
lid.pmdb@camara.leg.br;
lid.psd@camara.leg.br;
lid.psdb@camara.leg.br;
lid.pp@camara.leg.br;
lid.pr@camara.leg.br;
lid.dem@camara.leg.br;
lid.psb@camara.leg.br;
lid.solidariedade@camara.leg.br;
lid.pros@camara.leg.br;
lid.pdt@camara.leg.br;
lid.ptb@camara.leg.br;
lid.psc@camara.leg.br;
lid.prb@camara.leg.br;
lid.pv@camara.leg.br;

 

E-mails dos Deputados


Acre
dep.marciobittar@camara.leg.br;
dep.henriqueafonso@camara.leg.br;
dep.gladsoncameli@camara.leg.br;
dep.flavianomelo@camara.leg.br;
dep.antonialucia@camara.leg.br;

Alagoas
dep.rosinhadaadefal@camara.leg.br;
dep.renanfilho@camara.leg.br;
dep.mauricioquintellalessa@camara.leg.br;
dep.joaolyra@camara.leg.br;
dep.givaldocarimbao@camara.leg.br;
dep.franciscotenorio@camara.leg.br;
dep.arthurlira@camara.leg.br;
dep.alexandretoledo@camara.leg.br;

Amazonas
dep.silascamara@camara.leg.br;
dep.sabinocastelobranco@camara.leg.br;
dep.rebeccagarcia@camara.leg.br;
dep.pauderneyavelino@camara.leg.br;
dep.henriqueoliveira@camara.leg.br;
dep.carlossouza@camara.leg.br;
dep.atilalins@camara.leg.br;

Amapá
dep.viniciusgurgel@camara.leg.br;
dep.sebastiaobalarocha@camara.leg.br;
dep.luizcarlos@camara.leg.br;
dep.fatimapelaes@camara.leg.br;
dep.davialcolumbre@camara.leg.br;

Bahia
dep.sergiobrito@camara.leg.br;
dep.paulomagalhaes@camara.leg.br;
dep.ozieloliveira@camara.leg.br;
dep.robertobritto@camara.leg.br;
dep.marionegromonte@camara.leg.br;
dep.marcosmedrado@camara.leg.br;
dep.marciomarinho@camara.leg.br;
dep.luizdedeus@camara.leg.br;
dep.luciovieiralima@camara.leg.br;
dep.jutahyjunior@camara.leg.br;
dep.joserocha@camara.leg.br;
dep.josenunes@camara.leg.br;
dep.josecarlosaraujo@camara.leg.br;
dep.joaoleao@camara.leg.br;
dep.joaocarlosbacelar@camara.leg.br;
dep.janionatal@camara.leg.br;
dep.fernandotorres@camara.leg.br;
dep.felixmendoncajunior@camara.leg.br;
dep.fabiosouto@camara.leg.br;
dep.eriveltonsantana@camara.leg.br;
dep.edsonpimenta@camara.leg.br;
dep.claudiocajado@camara.leg.br;
dep.arthuroliveiramaia@camara.leg.br;
dep.antoniobrito@camara.leg.br;
dep.antonioimbassahy@camara.leg.br;

Ceará
dep.vicentearruda@camara.leg.br;
dep.raimundogomesdematos@camara.leg.br;
dep.maurobenevides@camara.leg.br;
dep.mariofeitoza@camara.leg.br;
dep.manoelsalviano@camara.leg.br;
dep.joselinhares@camara.leg.br;
dep.goretepereira@camara.leg.br;
dep.geneciasnoronha@camara.leg.br;
dep.edsonsilva@camara.leg.br;
dep.domingosneto@camara.leg.br;
dep.daniloforte@camara.leg.br;
dep.arnonbezerra@camara.leg.br;
dep.ariostoholanda@camara.leg.br;
dep.antoniobalhmann@camara.leg.br;
dep.anibalgomes@camara.leg.br;
dep.andrefigueiredo@camara.leg.br;

Distrito Federal
dep.izalci@camara.leg.br;
dep.jaquelineroriz@camara.leg.br;
dep.luizpitiman@camara.leg.br;
dep.reguffe@camara.leg.br;
dep.ronaldofonseca@camara.leg.br;

Espírito Santo
dep.suelividigal@camara.leg.br;
dep.rosedefreitas@camara.leg.br;
dep.paulofoletto@camara.leg.br;
dep.manato@camara.leg.br;
dep.lelocoimbra@camara.leg.br;
dep.lauriete@camara.leg.br;
dep.dr.jorgesilva@camara.leg.br;
dep.cesarcolnago@camara.leg.br;
dep.camilocola@camara.leg.br;

Goiás
dep.vilmarrocha@camara.leg.br;
dep.valdivinodeoliveira@camara.leg.br;
dep.thiagopeixoto@camara.leg.br;
dep.sandromabel@camara.leg.br;
dep.sandesjunior@camara.leg.br;
dep.ronaldocaiado@camara.leg.br;
dep.robertobalestra@camara.leg.br;
dep.pedrochaves@camara.leg.br;
dep.magdamofatto@camara.leg.br;
dep.leandrovilela@camara.leg.br;
dep.jovairarantes@camara.leg.br;
dep.joaocampos@camara.leg.br;
dep.irisdearaujo@camara.leg.br;
dep.heulercruvinel@camara.leg.br;
dep.flaviamorais@camara.leg.br;
dep.armandovergilio@camara.leg.br;

Maranhão
dep.albertofilho@camara.leg.br;
dep.simplicioaraujo@camara.leg.br;
dep.sarneyfilho@camara.leg.br;
dep.pintoitamaraty@camara.leg.br;
dep.professorsetimo@camara.leg.br;
dep.pedronovais@camara.leg.br;
dep.pedrofernandes@camara.leg.br;
dep.lourivalmendes@camara.leg.br;
dep.heliosantos@camara.leg.br;
dep.gastaovieira@camara.leg.br;
dep.franciscoescorcio@camara.leg.br;
dep.domingosdutra@camara.leg.br;
dep.davialvessilvajunior@camara.leg.br;
dep.cleberverde@camara.leg.br;
dep.carlosbrandao@camara.leg.br;
dep.wevertonrocha@camara.leg.br;
dep.waldirmaranhao@camara.leg.br;
dep.zevieira@camara.leg.br;

Minas Gerais
dep.vitorpenido@camara.leg.br;
dep.zesilva@camara.leg.br;
dep.ademircamilo@camara.leg.br;
dep.aeltonfreitas@camara.leg.br;
dep.toninhopinheiro@camara.leg.br;
dep.stefanoaguiar@camara.leg.br;
dep.subtenentegonzaga@camara.leg.br;
dep.saraivafelipe@camara.leg.br;
dep.rodrigodecastro@camara.leg.br;
dep.renzobraz@camara.leg.br;
dep.pauloabiackel@camara.leg.br;
dep.newtoncardoso@camara.leg.br;
dep.maurolopes@camara.leg.br;
dep.marcuspestana@camara.leg.br;
dep.marcosmontes@camara.leg.br;
dep.luizfernandofaria@camara.leg.br;
dep.luistibe@camara.leg.br;
dep.lincolnportela@camara.leg.br;
dep.leonardoquintao@camara.leg.br;
dep.laelvarella@camara.leg.br;
dep.juliodelgado@camara.leg.br;
dep.josehumberto@camara.leg.br;
dep.joaomagalhaes@camara.leg.br;
dep.joaobittar@camara.leg.br;
dep.jairoataide@camara.leg.br;
dep.jaimemartins@camara.leg.br;
dep.geraldothadeu@camara.leg.br;
dep.georgehilton@camara.leg.br;
dep.fabioramalho@camara.leg.br;
dep.erosbiondini@camara.leg.br;
dep.eduardobarbosa@camara.leg.br;
dep.dr.grilo@camara.leg.br;
dep.domingossavio@camara.leg.br;
dep.dimasfabiano@camara.leg.br;
dep.diegoandrade@camara.leg.br;
dep.carlosmelles@camara.leg.br;
dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.br;
dep.bilacpinto@camara.leg.br;
dep.bernardosantanadevasconcellos@camara.leg.br;
dep.aracelydepaula@camara.leg.br;
dep.antonioandrade@camara.leg.br;
dep.alexandresilveira@camara.leg.br;
dep.waltertosta@camara.leg.br;

Mato Grosso
dep.wellingtonfagundes@camara.leg.br;
dep.valtenirpereira@camara.leg.br;
dep.robertodorner@camara.leg.br;
dep.nilsonleitao@camara.leg.br;
dep.juliocampos@camara.leg.br;
dep.elienelima@camara.leg.br;
dep.carlosbezerra@camara.leg.br;

Mato Grosso do Sul
dep.reinaldoazambuja@camara.leg.br;
dep.marcalfilho@camara.leg.br;
dep.mandetta@camara.leg.br;
dep.geraldoresende@camara.leg.br;
dep.fabiotrad@camara.leg.br;
dep.akiraotsubo@camara.leg.br;

Pará
dep.dudimarpaxiuba@camara.leg.br;
dep.elcionebarbalho@camara.leg.br;
dep.giovanniqueiroz@camara.leg.br;
dep.josepriante@camara.leg.br;
dep.josuebengtson@camara.leg.br;
dep.liramaia@camara.leg.br;
dep.luciovale@camara.leg.br;
dep.luizotavio@camara.leg.br;
dep.nilsonpinto@camara.leg.br;
dep.wandenkolkgoncalves@camara.leg.br;
dep.wladimircosta@camara.leg.br;
dep.zequinhamarinho@camara.leg.br;

Paraíba
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dep.ruycarneiro@camara.leg.br;
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dep.damiaofeliciano@camara.leg.br;
dep.benjaminmaranhao@camara.leg.br;

Pernambuco
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dep.silviocosta@camara.leg.br;
dep.robertoteixeira@camara.leg.br;
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Piauí
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Paraná
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Rio de Janeiro
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dep.franciscofloriano@camara.leg.br;
dep.filipepereira@camara.leg.br;
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dep.eduardocunha@camara.leg.br;
dep.edsonezequiel@camara.leg.br;
dep.duduluizeduardo@camara.leg.br;
dep.dr.paulocesar@camara.leg.br;
dep.dr.carlosalberto@camara.leg.br;
dep.dr.adilsonsoares@camara.leg.br;
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dep.anthonygarotinho@camara.leg.br;
dep.andreiazito@camara.leg.br;
dep.alexandresantos@camara.leg.br;
dep.euricojunior@camara.leg.br;

Rio Grande do Norte
dep.paulowagner@camara.leg.br;
dep.joaomaia@camara.leg.br;
dep.henriqueeduardoalves@camara.leg.br;
dep.felipemaia@camara.leg.br;
dep.fabiofaria@camara.leg.br;
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Rondônia
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dep.moreiramendes@camara.leg.br;
dep.marinharaupp@camara.leg.br;
dep.marcosrogerio@camara.leg.br;
dep.carlosmagno@camara.leg.br;
dep.amirlando@camara.leg.br;

Roraima
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dep.lucianocastro@camara.leg.br;
dep.jhonatandejesus@camara.leg.br;
dep.ediolopes@camara.leg.br;
dep.chicodasverduras@camara.leg.br;

Rio Grande do Sul
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dep.alceumoreira@camara.leg.br;
dep.vilsoncovatti@camara.leg.br;
dep.vieiradacunha@camara.leg.br;
dep.sergiomoraes@camara.leg.br;
dep.renatomolling@camara.leg.br;
dep.osmarterra@camara.leg.br;
dep.onyxlorenzoni@camara.leg.br;
dep.nelsonmarchezanjunior@camara.leg.br;
dep.luizcarlosbusato@camara.leg.br;
dep.luiscarlosheinze@camara.leg.br;
dep.josestedile@camara.leg.br;
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dep.jeronimogoergen@camara.leg.br;
dep.giovanicherini@camara.leg.br;
dep.eniobacci@camara.leg.br;
dep.danrleidedeushinterholz@camara.leg.br;
dep.betoalbuquerque@camara.leg.br;
dep.alexandreroso@camara.leg.br;

Santa Catarina
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dep.paulobornhausen@camara.leg.br;
dep.onofresantoagostini@camara.leg.br;
dep.mauromariani@camara.leg.br;
dep.marcotebaldi@camara.leg.br;
dep.josecarlosvieira@camara.leg.br;
dep.jorginhomello@camara.leg.br;
dep.joaopizzolatti@camara.leg.br;
dep.joaorodrigues@camara.leg.br;
dep.esperidiaoamin@camara.leg.br;
dep.edinhobez@camara.leg.br;
dep.celsomaldaner@camara.leg.br;

Sergipe
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dep.mendoncaprado@camara.leg.br;
dep.laerciooliveira@camara.leg.br;
dep.fabioreis@camara.leg.br;
dep.andremoura@camara.leg.br;
dep.almeidalima@camara.leg.br;

São Paulo
dep.robertodelucena@camara.leg.br;
dep.robertosantiago@camara.leg.br;
dep.paulopereiradasilva@camara.leg.br;
dep.pastormarcofeliciano@camara.leg.br;
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dep.jorgetadeumudalen@camara.leg.br;
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dep.jeffersoncampos@camara.leg.br;
dep.guilhermemussi@camara.leg.br;
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dep.antoniobulhoes@camara.leg.br;
dep.antoniocarlosmendesthame@camara.leg.br;
dep.arnaldofariadesa@camara.leg.br;
dep.betomansur@camara.leg.br;
dep.brunafurlan@camara.leg.br;
dep.carlossampaio@camara.leg.br;
dep.duartenogueira@camara.leg.br;
dep.edinhoaraujo@camara.leg.br;
dep.eleusespaiva@camara.leg.br;
dep.elicorreafilho@camara.leg.br;
dep.emanuelfernandes@camara.leg.br;

Tocantins
dep.professoradorinhaseabrarezende@camara.leg.br;
dep.osvaldoreis@camara.leg.br;
dep.lazarobotelho@camara.leg.br;
dep.juniorcoimbra@camara.leg.br;
dep.irajaabreu@camara.leg.br;
dep.eduardogomes@camara.leg.br;
dep.cesarhalum@camara.leg.br;
dep.angeloagnolin@camara.leg.br;



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Terço dos homens


O Terço dos Homens é, com certeza, um socorro do Céu, uma iniciativa daquela que conviveu com dois grandes homens, Jesus e José.
 
Nas várias missões que vou pelo país, mesmo quando o tema do retiro em que vou pregar não está voltado a Mãe de Jesus, sempre chega até mim um testemunho sobre o Terço dos Homens. Assim, percebo o quanto esse movimento está difundido em nosso território e como essa devoção é eficaz e tem mudado a vida de muitos homens.
 
Mas o que é o Terço dos Homens e o que acontece quando eles rezam?
 
Primeiramente, percebo que é uma iniciativa própria de Nossa Senhora; e alguns fatos demonstram isso.
 
Geralmente, nas localidades onde há o Terço dos Homens, as mulheres, esposas e amigas, são instruídas a não convidar aqueles homens que lhes são próximos para participar. Eles ficam sabendo, assim como todas as pessoas do bairro ou da cidade, por meio de um comunicado geral à população e começam a frequentar a oração, porque se sentem impulsionados a ir ao grupo. Não há um convite pessoal, por isso vemos a mão de Maria tocando o coração deles. Algo os move interiormente, talvez até pelo pretexto de uma lembrança da infância, por curiosidade ou por um problema que estejam passando. Maria usa de algo na vida deles para que despertem, dentro de si, a vontade de rezar.
 
Terço dos homens
 
Na maioria das reuniões, não há nada que os detenha por mais tempo que a simples oração do terço. Não há palestras, Missas nem apresentações, somente a oração do terço. Algo bem objetivo, ao modo masculino de fazer as coisas! E acontecem verdadeiras transformações radicais de vida: homens abandonam seus vícios, abandonam a pornografia, o adultério, as falsas religiões, as seitas secretas e as práticas ilícitas; passam a ser mais presentes, atentos e carinhosos em casa.
 
É interessante ouvir os testemunhos do porquê isso acontece: “Não combina eu ir ao Terço dos Homens e, depois, me virem no buteco”; “Não posso rezar para Nossa Senhora e continuar traindo minha esposa ou vendo pornografia”. Eles mesmos sentem a incoerência entre a vida de oração e os atos pecaminosos. Afinal, não estão indo à reunião por ir, por isso assumem uma responsabilidade de vida quando decidem participar do terço destinado a eles.
 
Uma mãe como Nossa Senhora e Sua presença maternal torna homens crescidos crianças que se arrependem do mal que praticavam. A partir de então, esses homens se voltam aos sacramentos, passam a ter uma vida mais próxima de Jesus, pois os prazeres mundanos que os afastava de Cristo não tem mais significado na vida deles.
 
Nossa Senhora em Fátima disse: “Não há problema de ordem pessoal, familiar e social que a oração do santo terço não ajude a resolver”. Todos esses efeitos que relatei são provas concretas da eficácia da oração do rosário e da intercessão de Maria junto a Trindade.
 
São Luís Maria G. Monfort, em sua obra ‘Tratado da Verdadeira Devoção à Santa Virgem’, no artigo 29, comenta que “não há região do país que não possua alguma de suas imagens milagrosas, junto das quais todos os males são curados e se obtêm todos os bens”. Veja que onde Maria chega, seus filhos são agraciados. Contudo, acima dos seus favores e independente do que os humanos recebem, percebemos que também, no Terço dos Homens, as pessoas despertam amor e intimidade com a Mãe, que os leva a Jesus
 
A oração do terço agrada o coração de Nossa Senhora. Cada Ave-Maria é uma rosa que ofertamos a ela, por isso a Santíssima Virgem cria um vínculo com aqueles que rezam. Seu amor maternal cultiva em nós a vontade de uma maior intimidade com ela por meio da oração. Os devotos de Maria estarão sempre firmes na fé, mesmo em meio à tribulação.
 
Vivemos, hoje, uma crise de paternidade, no sentido de que não temos muitos homens que são exemplos para as pessoas. Uma grande parte dos homens não sabem qual o seu lugar perante a sociedade e se esqueceram de ensinar os mais jovens a viver. Características tão masculinas como dar iniciação aos outros, dar estímulo, ser solicito, provedor e protetor estão sendo deixadas de lado, pois o inimigo de Deus quer demonstrar que a masculinidade está na força bruta, no sexo sem compromisso, nos vícios, na oportunidade de levar vantagem em tudo e a qualquer custo. Por isso mesmo o homem não é feliz, procurando felicidade no que é mais fácil e que não está em sua essência.
 
Maria mostra a verdadeira alegria e paz que esses filhos tentaram buscar em tantos caminhos errados, mas que só sentiram no grupo do Santo Rosário. A oração tem essa força de tranquilizar, alegrar, direcionar e trazer conforto espiritual.
 
O Terço dos Homens é, com certeza, um socorro do Céu, uma iniciativa daquela que conviveu com dois grandes homens, Jesus e José. Maria sabe, no papel de mãe e no papel de esposa, como auxiliar um homem a ser tudo aquilo que ele pode ser.

 
Deus abençoe e Maria passe à frente!

 

Sandro Ap. Arquejada

Sandro Aparecido Arquejada é missionário da Comunidade Canção Nova. Formado em administração de empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP). Atualmente trabalha no setor de Novas Tecnologias da TV Canção Nova. É autor do livro "Maria, humana como nós" e "As cinco fases do namoro". Também é colunista do Portal Canção Nova, além de escrever para algumas mídias seculares.

Arcebispo pede ao Vaticano beatificação de Dom Hélder

por liliane
  
Dom Fernando Saburido informou que fará pedido para instauração do processo diocesano de beatificação
 
Da Redação, com Agências
Arcebispo pede ao Vaticano beatificação de Dom Hélder
Dom Helder faleceu em 1999 / Foto: Arquivo
 
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, afirmou, nesta terça-feira, 27, que vai enviar uma carta à Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, pedindo a instauração do processo de beatificação de Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999.
 
O arcebispo fez o anúncio durante Celebração Eucarística na Capela dos Manguinhos, no Palácio Episcopal, em Recife.
 
Dom Saburido, antes de enviar a carta, deverá obter a autorização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Depois disso enviará o documento à Santa Sé para abrir a primeira fase do processo  no tribunal eclesiástico diocesano.
 
 
Sobre Dom Helder
 
Hélder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza (CE), no dia 7 de fevereiro de 1909 e faleceu em 28 de agosto de 1999, como arcebispo emérito de Olinda e Recife (PE).
 
Desde sua juventude, Dom Helder era comprometido com as realidades sociais do país. Foi ordenado sacerdote com  22 anos de idade, após autorização especial da Santa Sé. Aos 43 anos foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
 
No dia 12 de março de 1964 foi designado para ser arcebispo de Olinda e Recife (PE), função que exerceu até 2 de abril de 1985. Dom Helder é considerado um dos fundadores da Conferência Nacional do Brasil (CNBB).
 
 

terça-feira, 27 de maio de 2014

Uma devoção Papal




Santos da Igreja, assim como os papas, viveram e vivem experiências de  fé com Nossa Senhora. A missionária da Comunidade Canção Nova Mirticeli Medeiros conta um pouco sobre essa preciosa devoção dos Papas a Nossa Senhora.

sábado, 24 de maio de 2014

Discurso do Papa na Cerimônia de boas -vindas em Amã


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DISCURSO
Discurso do Papa Francisco na Cerimônia de boas-vindas no Palácio Real em Amã (Jordânia)
Sábado, 24 de maio de 2014
 
 
Majestade
 
Excelências, Amados Irmãos Bispos,
 
Queridos Amigos!
 
Agradeço a Deus por poder visitar o Reino Hachemita da Jordânia, seguindo os passos dos meus antecessores Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, e agradeço a Sua Majestade o Rei Abdullah II pelas suas cordiais palavras de boas-vindas, com viva recordação do recente encontro no Vaticano. Estendo a minha saudação aos membros da Família Real, ao Governo e ao povo da Jordânia, uma terra rica de história e de grande significado religioso para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
 
Este País oferece generoso acolhimento a um grande número de refugiados palestinenses, iraquianos e vindos de outras áreas de crise, nomeadamente da vizinha Síria, abalada por um conflito que já dura há muito tempo. Tal acolhimento merece a estima e o apoio da comunidade internacional. A Igreja Católica quer, na medida das suas possibilidades, empenhar-se na assistência aos refugiados e a quem vive em necessidade, sobretudo através da Cáritas Jordana.
 
Ao mesmo tempo que constato, com pena, a persistência de fortes tensões na área médio-oriental, agradeço às autoridades do Reino aquilo que fazem e encorajo a continuarem a empenhar-se na busca da desejada paz duradoura para toda a região; para tal objectivo, torna-se imensamente necessária e urgente uma solução pacífica para a crise síria, bem como uma solução justa para o conflito israelita-palestinense.
 
Aproveito esta oportunidade para renovar o meu profundo respeito e a minha estima à comunidade muçulmana e manifestar o meu apreço pela função de guia desempenhada por Sua Majestade o Rei na promoção duma compreensão mais adequada das virtudes proclamadas pelo Islã e da serena convivência entre os fiéis das diferentes religiões. Exprimo a minha gratidão à Jordânia por ter incentivado uma série de importantes iniciativas em prol do diálogo inter-religioso visando promover a compreensão entre judeus, cristãos e muçulmanos, nomeadamente a «Mensagem Inter-religiosa de Aman», e por ter promovido no âmbito da ONU a celebração anual da «Semana de Harmonia entre as Religiões».
 
Uma saudação cheia de afecto quero agora dirigir às comunidades cristãs, que, presentes no país desde a era apostólica, oferecem a sua contribuição para o bem comum da sociedade na qual estão plenamente inseridas. Embora hoje sejam numericamente minoritárias, conseguem desempenhar uma qualificada e apreciada acção no campo da educação e da saúde, através de escolas e hospitais, e podem professar com tranquilidade a sua fé, no respeito da liberdade religiosa, que é um direito humano fundamental, esperando vivamente que o mesmo seja tido em grande consideração em todo o Médio Oriente e no mundo inteiro. Tal direito «implica tanto a liberdade individual e colectiva de seguir a própria consciência em matéria de religião, como a liberdade de culto (…), a liberdade de escolher a religião que se crê ser verdadeira e de manifestar publicamente a própria crença» (BENTO XVI, Exort. ap. Ecclesia in Medio Oriente, 26). Os cristãos sentem-se e são cidadãos de pleno direito e pretendem contribuir para a construção da sociedade, juntamente com os seus compatriotas muçulmanos, oferecendo a sua específica contribuição.
 
Por fim, formulo sentidos votos de paz e prosperidade para o Reino da Jordânia e seu povo, com a esperança de que esta visita contribua para incrementar e promover boas e cordiais relações entre cristãos e muçulmanos.
 
Agradeço-vos pela vossa hospitalidade e cortesia. Deus Omnipotente e Misericordioso conceda a Suas Majestades felicidade e longa vida e cubra a Jordânia com as suas bênçãos. Salam!
 
 

Como vencer a “falsa vergonha” da Confissão

Há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai a glória e a graça
 

Muitas pessoas dizem não ter coragem de se aproximar do sacramento da Confissão porque têm vergonha.

É preciso reconhecer: não é fácil acusar os próprios pecados ao sacerdote. No entanto, urge vencer o que Santo Afonso de Ligório chama de "falsa vergonha", afinal, não há outro modo pelo qual seja possível reconciliar-se com Deus senão pela confissão dos pecados. Jesus, ao instituir este sacramento, poderia muito bem ter dito: Quando tiverdes pecado, entrai em vossos próprios quartos, prostrai-vos diante de Mim crucificado e obtereis o perdão. Seria muito mais cômodo. No entanto, Ele não disse isso. Antes, deu aos Apóstolos a chave da reconciliação: "Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" [1].

Para vencer essa "vergonha" que todos sentimos de contar as próprias misérias, vale meditar um pouco sobre as verdades eternas. Quando perdemos a graça, pelo pecado mortal, não só somos condenados ao inferno, na outra vida, e a inúmeros tormentos, nesta, como perdemos a amizade de Deus, o bem mais precioso que o homem pode entesourar. Escrevendo a respeito do pecado mortal, Santo Afonso avalia:

"Se o homem recusasse a amizade de Deus, para alcançar um reino ou um império do mundo inteiro, já seria isso uma horrenda perversidade, pois que a amizade de Deus é muito mais preciosa do que o mundo todo e milhares de mundos. E afinal por amor de que coisa o pecador ofende a Deus? Por um pouco de terra, para satisfazer a sua ira, por um gozo bestial, por uma vaidade, um capricho. 'Eles me desonraram por um punhado de cevada e um pedacinho de pão' (Ez 13, 19)." [2]

Ao nos depararmos com a gravidade da ofensa que cometemos, com o grande amor com que Deus nos amou, derramando o Seu próprio sangue para salvar-nos, é preciso que nos comovamos e verdadeiramente nos envergonhemos... Mas, que a causa da nossa vergonha seja o pecado! E que essa mesma vergonha nos leve a um propósito firme e sério de não mais ofender a Deus! Caso contrário, será uma vergonha estéril e sem nenhuma serventia.

O autor sagrado diz que "há uma vergonha que conduz ao pecado, e uma vergonha que atrai glória e graça" [3]. Com razão se poderia chamar a "vergonha que conduz ao pecado" aquela que leva a pessoa ou a fugir ou a omitir seus pecados na Confissão, já que essa atitude causará a sua própria perdição eterna. Quanto à segunda vergonha, não é aquela que sentimos na fila do confessionário, mas que logo se esvai depois que somos absolvidos pelo sacerdote? "Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos (...) vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, (...) perdoados, puros e felizes" [4]. Por isso, diz Santo Afonso, "devemos fugir da vergonha que nos leva ao pecado e nos torna inimigos de Deus; não, porém, da que, ligada à confissão dos pecados, nos granjeia a graça de Deus e a glória do céu".

Quando o demônio nos tentar sugerindo que, por vergonha, ocultemos as nossas faltas ao sacerdote, lembremo-nos de que os pecados dos condenados serão revelados a todos os homens no Juízo Final: "Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo" [5]; "Vou arregaçar o teu vestido até teu rosto, e mostrar tua nudez às nações, aos reinos a tua vergonha" [6]. Quando a sugestão for a de que sequer procuremos a reconciliação, lembremo-nos a joia de altíssimo valor que corremos o risco de perder, se morremos em estado de pecado mortal: o próprio Deus.

Transformemos, por fim, a "falsa vergonha" da Penitência em disposição para servir a Deus, porque o arrependimento não consiste em grandes sentimentos ou em prantos efusivos, mas em uma resoluta vontade de amar, como ensina Santa Teresa: "Consiste [o amor] numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar, o quanto pudermos, não ofendê-lo e rogar-lhe pelo aumento contínuo da honra e glória de seu Filho e pela prosperidade da Igreja Católica" [7].


Por Equipe Christo Nihil Praeponere


 

Referências

  1. Jo 20, 23
  2. Preparação para a Morte, XV, 2
  3. Eclo 4, 25
  4. Papa Francisco, Audiência Geral, 19 de fevereiro de 2014
  5. 2 Cor 5, 10
  6. Na 3, 5
  7. Castelo Interior ou Moradas, Quartas Moradas, capítulo 1, n. 7


quarta-feira, 21 de maio de 2014

João Paulo II e Maria co-redentora


 


Padre Paulo Ricardo
Foto: Daniel Mafra/ CN


É importante desde o inicio compreendermos que não existe nenhuma competição entre Jesus e Maria. Dando amor a Maria, não estamos diminuindo em nada o amor a Jesus.

Quero apresentar a vocês o pensamento de São João Paulo II. Ele teve uma escola de devoção à Virgem Maria, no livro chamado: “Tratado da verdadeira devoção à Virgem Maria”, esse livrinho foi a escola de santidade de João Paulo II. Muitas pessoas encontraram neste santo um farol, um modelo de santidade a ser seguido.

Lembro-me que na época em que João Paulo II estava enfermo eu ficava noites em claro buscando as notícias deste santo, porque eu não queria perder o momento da Páscoa deste santo dos nossos tempos.

Deus tem seus caminhos, ele faleceu no sábado as vésperas do 2º Domingo de Páscoa, Domingo da Divina Misericórdia. Unindo-se assim as duas devoções em um dia só, o sábado que é dedicado a Virgem Maria e o domingo da Misericórdia, Festa instituída por ele a pedido de Jesus a santa Faustina.

O Papa João Paulo II reuniu o maior número de pessoas da história da humanidade, 6 milhões de jovens em Manila nas Filipinas. Ele foi um Papa que nadou contra a corrente. Este homem entregue totalmente a Jesus Cristo se configurou a ele.

No brasão de João Paulo II estavam representados os dois corações que nos amaram. A cruz dourada de Nosso Senhor, que nos amou divinamente com coração humano, e um M de Maria, a co-redentora que nos ama profundamente.

João Paulo II usou essa expressão “co-redentora” sete vezes, vamos explicar. A Igreja viveu um século de ouro da Mariologia. Nunca a Igreja se desenvolveu tanto na Mariologia como neste século. E nesta mesma época aconteceu duas aparições reconhecidas pelo magistério da Igreja, a de Lourdes e a de Fátima.

Existem dois dogmas de Maria nela mesma, de mãe de Deus e da Virgindade perpétua. Porém ainda faltava a parte de Maria para conosco. O que Maria é em relação a nós? Maria é mediadora de todas as graças, todas as graças vem a nós por meio de Maria. Ela participa da redenção, por isso é co-redentora, pois participou da redenção como nenhum outro santo participa.

Maria é membro da Igreja, mas também é mãe da Igreja. Parece contraditório, mas não é. Quando olhamos Maria em relação ao Pai ela é como nós, mas com relação a Jesus ela é mãe, portanto é mais, é nossa mãe.

Durante o Concílio Vaticano II alguns padres queriam essas duas aprovações a respeito da Virgem Maria, como o Concílio era pastoral e ecumênico, não foram aprovados estes dogmas. Depois do Concílio a teologia sobre Nossa Senhora foi diminuindo, até chegarmos a década de 80, em que certo teólogo afirmou que estávamos na “era glacial da Mariologia”. Até vir o Papa João Paulo II, o papa Mariano que quis reacender nossa devoção a Mãe de Deus.

Maria aos pés da cruz, co-redentora. Não há salvação em outro nome a não ser em Jesus Cristo. Quando chamamos Maria de co-redentora não estamos dizendo que ele salvou metade ou 99% da humanidade e Maria salvou a outra parte. Não é isto! Jesus salvou toda a humanidade, 100%.

Deus poderia fazer com que redenção viesse ao mundo por um decreto. Ele poderia nos salvar por um decreto, um estalar de dedos, mas ele não quis fazer isso. Seria humilhante para o homem. O pecado entrou no mundo por um homem e era necessário que o pecado fosse retirado do mundo por um homem.

No início não estava apenas o homem no jardim quando pecaram. Teologicamente, de acordo com os padres da patrística, Jesus é chamado de Novo Adão e Maria Nova Eva, isso é desde o tempo dos Apóstolos. A perdição entrou no mundo por Adão, a salvação entrou no mundo por Jesus. Bem como a perdição entrou no mundo por Eva a salvação entrou no mundo por Maria.

Um anjo visitou uma virgem, prometida em casamento a um homem, quem é esta mulher? Eva. A mulher que foi visitada por um anjo, e este anjo era Satanás e a desobediência entrou no mundo. Anos mais tarde, um anjo visitou uma virgem, prometida em casamento. Quem é esta mulher? Maria que foi visitada pelo anjo Gabriel. E a salvação entrou no mundo.

No céu Deus não poderia padecer, não poderia sofrer uma paixão e morte, porque no céu não se sofre, no céu ninguém morre. Em sua bondade divina, deus quis que Maria colaborasse dando a Cristo o corpo que ele ia sacrificar na cruz.
"Adão era homem e se fez deus. Jesus era Deus e se fez homem"; atesta Padre Paulo Ricardo
Foto: Daniel Mafra/ CN
Quando Maria vê Jesus morrer na cruz, ela cumpre a profecia de Simeão, que havia dito na apresentação de Jesus no templo que uma espada de dor lhe transpassaria a alma. Imagine a dor do coração Imaculado de Maria o quanto sofreu por seu filho.

Um dia havia uma Virgem ao pé de uma árvore que queria pegar o fruto para si e ser como deus. Assim estavam Adão e Eva, quiseram para si o Dom de Deus, desejaram agarrá-lo para si.

“Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz!” Filipenses 2, 6 – 8 Adão e Eva não eram deuses, mas quiseram ser deus. Jesus era Deus e não se apegou a sua condição divina. Adão era homem e se fez deus. Jesus era Deus e se fez homem.

Milhares de anos depois estava a mulher ao pé de uma árvore e lá estava o fruto de seu ventre. Ela não se apegou a ele, ela o deu, o ofereceu. E por essa razão Maria é a nova Eva. Compreendem que Maria não é apenas uma santa da Igreja, existe uma participação qualitativa de Maria na salvação.

João Paulo II com seu brasão, Maria aos pés da cruz, nos convida a voltarmos a fé, a devoção na Virgem Maria. Todos estavam com medo da fé na Virgem Maria, mas o santo dos nossos tempos no chama a reacendê-la.

Deus nosso Pai criador, nos chama a a ser colaboradores de Deus na criação, com os pais que geram seus filhos. Como podemos aceitar com clareza que nós simples humanos somos colaboradores na criação e não podemos aceitar que Deus quis se utilizar da criação, Maria, na salvação?

Assim como a lua não tem luz própria, assim é Maria, ela reflete a luz que vêm de Deus. Ela é como a lua.

Você pode pensar: “Por que não vamos diretamente no sol?”, tudo bem você pode ir, mas cuidado para não queimar a sua retina.

Vamos a Maria primeiro, porque o pecado original nos faz ter medo de Deus, assim como Adão e Eva após o pecado no paraíso; quando Deus desce na brisa da tarde eles tem medo de Deus. Quando nos colocamos debaixo do manto de Nossa Senhora estamos acolhendo a solução que o próprio Deus já nos deu. Na Palavra de Deus diz da mulher grávida, prestes a dar a luz a um filho e a antiga serpente está esperando essa mulher dar a luz a um filho ele está pronto a devorar. Esta mulher é Maria.

Intelectualmente entregamos nossa vida para Deus, mas em nosso coração não. Precisamos entregar a Maria, assim não temos meso. Ela é uma mulher pobre e não fica com nada para si, automaticamente entrega a Jesus. Quando entregamos a Maria entregamos nosso coração também.

Intelectualmente eu sei que o amor de Deus é infinito, é perfeito. Mas dentro do coração não compreendermos e isto é consequência do pecado original. Quando entregamos algo a Deus, a cabeça compreende, mas o coração esperneia. Não deveria ser assim, mas é! E Deus sabe de nossa limitação. Mas nada pode abalar o senhorio de Jesus, nem nossa entrega a Maria, porque ela não retém ela nos entrega a seu Filho.

O problema não está no sol, mas nos meus olhos. Porque são sensíveis e olhar diretamente para o sol queima a retina. O problema não está no amor de Deus, mas na minha limitação, reflexo do pecado original que ficou em mim. A consagração á Virgem Maria pelo tratado, é a consagração a Jesus, sabedoria encarnada. O que na verdade se quer com a consagração á virgem Maria é que as pessoas se submetam ao senhorio de Jesus pelas mãos da Virgem Maria.

Muitas pessoas não compreendem quando Jesus chama a Virgem Maria de “mulher”, pensam que é um descaso de Jesus. Mas o que ele disse ao chamá-la assim, é que Maria não é uma mulher qualquer, mas que ela é A MULHER, desde o início prevista, a qual colaboraria com a salvação. E se repete a cena do Jardim do Édem, a mulher ao pé da árvore que agora não toma para si o fruto, mas o entrega.

Naquele momento da cruz, Jesus entrega Maria ao filho, e entrega o filho a mãe. A partir daí João acolhe Maria em sua intimidade. Desse modo Jesus “passou a perna” no diabo. Como não há céu sem cruz Deus sabe os meios para que seus filhos abracem a cruz para chegarem a salvação. Sabendo que nos entregando a Maria não mais teríamos medo da cruz, não teríamos medo de nos entregar a Deus, Jesus a dá por nossa mãe.


Transcrição e adaptação: Rogéria Nair 


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Padre Paulo Ricardo
Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT)
www.padrepauloricardo.org

sábado, 17 de maio de 2014

O comovente retrato da Igreja dos mártires

 
Enquanto, no Oriente, alguns sequer têm liberdade para proclamar a própria fé, o Ocidente é palco para cristãos que dão de ombros para a Cruz
 

Alguns jornais reportaram, no último mês, que "cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por extremistas" na Síria [1]. A notícia, que rodou o mundo, chegou ao conhecimento do Papa Francisco, que admitiu ter chorado pela situação. Durante uma de suas homilias na Casa Santa Marta, o Santo Padre repudiou os que agem "matando e perseguindo em nome de Deus" e destacou a coragem dos cristãos que, como os apóstolos, "ficam felizes por serem julgados dignos de sofrer ultrajes devido ao nome de Jesus" [2].

O drama dos que confessam Jesus Cristo no Oriente Médio – e em outras regiões do mundo – é pouco exibido pelos meios de comunicação, fazendo que a realidade de tantas pessoas nos pareça distante e, às vezes, até ilusória. No entanto, as suas lágrimas, as suas dores e o seu sacrifício tantas vezes cruento são páginas verdadeiramente cruéis de uma história que está longe de seu termo final.

Pense-se, por exemplo, no sofrimento de pais de família que, antes de doarem a própria vida, foram obrigados a entregar aqueles que mais amavam: suas mulheres e seus filhos. Se pudessem se entregar a si mesmos para salvarem os seus, eles o fariam. Mas, tiveram de imitar aquela judia do livro dos Macabeus, que viu seus sete filhos pequenos morrerem, antes de ser martirizada [3]. Suas filhas foram levadas de seus braços, ou para receberem uma fé na qual não foram educadas e à qual não querem aderir, ou para serem assassinadas impiedosamente.

Entre as muitas histórias de perseguição que veem de todo o Oriente Médio, situa-se a desses jovens que foram crucificados por serem cristãos. Um deles, segundo o testemunho da irmã Raghid, ex-diretora da escola do patriarcado grego-católico de Damasco, "foi crucificado em frente a seu pai, que foi morto em seguida". De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas "pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas". Também levarem os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus cordões umbilicais".

Tais relatos devem nos comover e nos fazer dobrar os nossos joelhos por nossos irmãos perseguidos em terras estrangeiras. Afinal, somos todos membros da mesma Igreja, as orações que fazemos têm eficácia para as partes mais necessitadas do corpo místico de Cristo.

Mas, não apenas isso. O retrato de sangue dos cristãos martirizados precisa converter os nossos corações. Enquanto eles são perseguidos por viverem sua fé em lugares como Irã, Síria, Egito, Coreia do Norte e China, tendo que se esconder em espaços subterrâneos – como os primeiros seguidores de Cristo iam às catacumbas – ou viver debaixo da constante ameaça de milícias terroristas, nós, no Ocidente, temos vivido a fé de forma desleixada, transformando o dom da liberdade que recebemos em libertinagem, em ocasião para o pecado e para a própria destruição. Temos desperdiçado a oportunidade de participar diariamente da Santa Missa, de ter acesso ao sacramento da Penitência e de expor publicamente a Palavra de Deus, preferindo a isso a preguiça, a impenitência e a covardia – enquanto milhares de pessoas mundo afora dariam a própria vida para terem a liberdade que temos e usá-la para a maior glória de Deus.

Quanto à perseguição, é claro que o Ocidente não está isento dela. O Papa Bento XVI reconheceu, em nossos tempos, a existência de outro tipo de martírio: "Na nossa época, o preço que deve ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado, afogado e esquartejado, mas muitas vezes significa ser indicado como irrelevante, ridicularizado ou ser motivo de paródia" [4]. Se em muitos lugares o Senhor continua pedindo aos cristãos o martírio de sangue, a outros – e a todos, poderia se dizer – Ele pede o martírio espiritual, a morte diária e cotidiana para si mesmo e para o mundo, especialmente o mundo de hoje, profundamente hostil ao Evangelho e à Igreja.

As imagens criminosas de cristãos mortos no Oriente não passam de manifestação externa de um ódio que já está no coração de muitas pessoas no Ocidente. Quando "artistas" se pensam "esclarecidos" fazendo chacota da religião, cuspindo na Cruz de Cristo e abusando dos mistérios fundamentais da fé cristã, já são cúmplices morais das perseguições físicas perpetradas contra os cristãos. As suas agressões verbais já são o tortuoso caminho que conduz às perseguições físicas e abertas à religião cristã.

No entanto, não podemos desanimar. Como disse o Papa, devemos nos alegrar por "ser julgados dignos de sofrer ultrajes devido ao nome de Jesus"; porque, quase dois milênios depois da crucificação de Cristo e da grande perseguição perpetrada pelo Império Romano aos Seus apóstolos, a Igreja Católica continua sendo a vigorosa "Igreja dos mártires". Mártires de cujo testemunho de sangue serão gerados os futuros filhos de Deus e herdeiros da Pátria Celeste. Nos conforte e encoraje a dar a vida a esperança da verdadeira vida. Afinal, "se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima" [5].


Por Equipe Christo Nihil Praeponere

 

Referências

  1. Freira denuncia crucificações de cristãos por extremistas na Síria – G1
  2. Hoje ainda se mata em nome de Deus, 2 de maio de 2014
  3. Cf. 2 Mc 7. Cf. também: Preferir a morte para entrar na vida
  4. Discurso durante Vigília de Oração para a beatificação do Cardeal Newman, 18 de setembro de 2010
  5. 1 Cor 15, 19


terça-feira, 13 de maio de 2014

Os segredos de Fátima

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1°, 2°e 3º segredos de Fátima

1º segredo - A visão do inferno: Muitas pessoas não acreditam que existe… Contudo, as crianças videntes ao vê-lo, ficaram impressionadas e apavoradas. Viram homens e mulheres, jovens e velhos, se debatendo num mar incandescente, devorados pelas chamas eternas. Davam gritos terríveis e vociferavam abomináveis imprecações.

A propósito da forte impressão que o Inferno lhe causou, irmã Lúcia escreveu numa carta ao Bispo de Leiria: “Esta visão foi num momento, e graças à nossa boa Mãe Celeste, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu. Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor”. Ela explica na carta, que o Inferno é formado por um imenso mar de chamas onde os condenados flutuam e onde as suas almas pecadoras são devorados pelas labaredas eternas, queimando e elevando como fagulhas de um grande incêndio.

Também faz parte do Primeiro Segredo um aviso de Nossa Senhora sobre a Guerra: “A 1ª Grande Guerra Mundial vai acabar… todavia Deus quer a conversão da humanidade, caso contrário acontecerá uma outra guerra muito pior” (…).


2º segredo – É divido em duas partes:

2.1 – Instituição da devoção ao Imaculado Coração de Maria – Nossa Senhora revelou que DEUS quer a instituição da Devoção ao seu Imaculado Coração, através da Comunhão Reparadora. As pessoas em estado de graça, deverão comungar durante 5 (cinco) primeiros sábados de cada mês, seguidamente, rezar um Terço e fazer 15 minutos de adoração ao Santíssimo Sacramento, para consolo e desagravo de todas as maldade, ofensas e pecados que diariamente são cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Aqueles que acolherem a solicitação, não morrerão em pecado mortal e na hora da morte, receberão a visita consoladora da Mãe de Deus.

2.2 – Consagração da Russia ao Imaculado Coração – Ela pediu que todos os Bispos do mundo unidos ao Santo Padre, o Papa, fizessem a “Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração”.

NOSSA SENHORA prometeu, se atenderem estes dois pedidos, a Rússia se converterá, muitos pecadores farão penitência e o mundo viverá um período de paz. Caso contrário, o mal crescerá, os dirigentes da nação comunista espalharão os seus erros e o materialismo ateu por todas as partes, crescerá a “apostasia” e nascerá a “impiedade”. Acontecerá uma devastadora Guerra Mundial (a Segunda) onde morrerão muitas pessoas e nações serão dizimadas.


3º segredo – A Íntegra do Terceiro Segredo de Fátima

Esta é a terceira parte do segredo revelado no dia 13 de julho de 1917 às três crianças na caverna de Iria, na cidade de Fátima, e transcrito pela Sóror Lucia no dia 3 de janeiro de 1944.

“Escrevo em obediência ao senhor, meu Deus, que me ordena fazê-lo por intermédio de Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Bispo de Leiria e da Santíssima Madre sua e minha”.

“Depois das duas partes que já expusemos, vimos, no lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais para o alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; brilhando soltava chamas que pareciam incendiar o mundo; mas se apagavam no contato com o esplendor que Nossa Senhora irradiava com sua mão direita na direção do anjo, que disse, apontando para a terra com a sua mão direita: penitência, penitência, penitência!

E vimos uma imensa luz que é Deus: ‘algo semelhante a como as pessoas se veem quando passam diante de um espelho’. ‘Vimos um bispo vestido de branco e tivemos o pressentimento de que fosse o Santo Padre’.

Também vimos outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subirem uma montanha íngreme, em cujo topo havia uma grande Cruz de madeira simples; o Santo Padre, antes de chegar até ela, atravessou uma grande cidade em ruínas, tremendo e com um passo vacilante, com um semblante pesado de dor e pena, rezando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegando no alto do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que dispararam vários tiros de arma de fogo e flechas; e do mesmo modo morreram, uns atrás dos outros, os bispos, os sacerdotes, os religiosos, as religiosas e diversas pessoas do povo, homens e mulheres de distintas classes e posições.

Sob os dois braços da Cruz, havia dois anjos, cada um deles com uma jarra de cristal na mão, com as quais recolhiam o sangue dos mártires, e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.


 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Vaticano anuncia beatificação do Papa Paulo VI

por André Cunha
  
Após reconhecimento do primeiro milagre, Vaticano publica o decreto que autoriza a beatificação do Papa Paulo VI
 
Da redação, com Rádio Vaticano
Vaticano anuncia beatificação de Paulo VI
O pontificado de Paulo VI estendeu-se entre 1963 e 1978; ele presidiu a reformas importantes do Concílio Vaticano II. FOTO: Arquivo
 
O Papa Francisco promulgou nesta sexta-feira, 9, o decreto sobre o milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Paulo VI (Giovanni Battista Montini). O Sumo Pontífice nasceu em 26 de setembro de 1897 em Concesio (Itália) e faleceu em Castelgandolfo (Itália) em agosto de 1978.
 
 
 
 
Na audiência concedida ao Prefeito para a Congregação da Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, o Papa Francisco autorizou o Dicastério a comunicar que a celebração de beatificação acontecerá no dia 19 de outubro deste ano.
 
Foi também reconhecido o milagre ocorrido por intercessão do Venerável Luigo Caburlotto, sacerdote italiano fundador dos Instituto das Filhas de São José, nascido em Veneza em 1817. Além deste, o Vaticano também reconheceu as virtudes heróicas do padre Giacomo Abbondo nascido em Salomin, Itália em agosto de 1720; o padre Jacinto alegre Pujals espanhol, nascido em dezembro de 1874 e da mãe de família, Carla Barbara Colchen Carré de Malberg, francesa, nascida em abril de 1829 e Fundadora da Sociedade das Filhas de São Francisco de Sales.
 
 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A aridez espiritual pode ser um trampolim para a santidade


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Seguir Jesus Cristo não é aventura para os fortes, mas caminhada para aqueles que sabem insistir. Se o próprio Jesus caiu três vezes sob o peso da cruz, como esperar que sejamos tão fortes quanto inabaláveis durante o percurso? Persevera não aquele que nunca cai, mas aquele que, no chão, tem a humildade de estender a mão à misericórdia de Deus e se levantar para retomar a caminhada.

A aridez espiritual e os momentos de crise são inerentes à caminhada espiritual. A questão é o que fazemos com as nossas crises. A aridez pode se tornar um trampolim para a santidade ou um peso que nos afunda na infidelidade, como nos ensina São Francisco de Sales (1567-1622).
 
Caminhar com Cristo significa nos deixarmos purificar por Ele para nos configurarmos a Ele. Quando Cristo nos purifica, ou seja, quando arranca de nós costumes, sentimentos, valores, concepções e consolos, que outrora nos animavam a caminhar e a viver, a tendência natural é entrarmos na aridez. É um momento de “êxodo”, porque tantas vezes perdemos os confortos do Egito, mas ainda não tomamos posse da Terra Prometida, ou seja, da novidade de uma relação mais íntima, livre e pura com Deus. Esse espaço entre o Egito e a Terra Prometida é o lugar do deserto. Este está presente na história de salvação do povo de Deus desde Abraão, passando por Moisés, pelo próprio Jesus e permanecendo na Igreja por meio dos “padres do deserto” dos primeiros séculos, que são a grande imagem dessa realidade perene na Igreja.
 
Ao deparar-se com a aridez, é preciso discernir o motivo que nos levou a ela. Trata-se de uma causa de conversão ou uma consequência advinda de erros na caminhada? Se descobrirmos o motivo, respondendo a eles como alguém que renova sua decisão por Cristo, mesmo que os motivos sejam ruins, sempre seremos capazes de colher bons frutos. Diz São Paulo em Fl 3,16: “Contudo, seja qual for o grau a que chegamos, o que importa é prosseguir decididamente.”
 
 
MOTIVOS DA ARIDEZ
 
A primeira causa da aridez espiritual é a ação de Deus na alma, na vida do cristão. Muitas vezes, aquilo que nos animava na fé já não é mais motivo de entusiasmo. Isso é bom, porque nossas motivações precisam amadurecer. Temos de entender que “as obras de Deus ainda não são Deus” (Venerável Cardeal Van Thuan – 1928-2002). Nesse sentido, parece-me que podemos perceber três fases:
 
  • No início da caminhada, a pessoa, encantada com a beleza das obras de Deus, sente uma empolgação em viver as coisas d’Ele. Na linguagem de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), que é mestra nesse assunto, trata-se dos consolos espirituais. Esses consolos de experiências espirituais, comunitárias e missionárias do início são importantes, mas insuficientes para um verdadeiro conhecimento de Deus. Daí, surge uma primeira purificação dessas realidades.
  • Depois, a pessoa amadurece e vai descobrindo o sentido do serviço ao Senhor. Surge o entusiasmo de dedicar-se às coisas d’Ele, empenhar-se na missão. Isso é ótimo, é profundamente evangélico; porém, o serviço do Senhor ainda não é Ele. Justamente aqui, surgem os cansaços, os fracassos e as frustrações. A tendência é o desânimo. Esse é o momento da descoberta de Deus, o momento da decisão pelo amor. São João diz: “Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1Jo 3,7). Não tem jeito, somente quando o amor é puro e gratuito nós O conhecemos. Somente quando o amor a Deus é livre de condicionamentos, de sentimentos, afazeres, pessoas e estruturas, é que realmente é livre e puro.
 
Os erros na caminhada são os motivos negativos que levam à aridez: cansaço espiritual-psicológico. É diferente esse cansaço daquele que é próprio das atividades mesmas. Esse cansaço é um desgaste, um esgotamento espiritual e psicológico que rouba a alegria de viver a vida, a fé e a vocação.
 
 
O cansaço e suas causas:
  • Ativismo: Assumir tarefas e missões sem respeitar o descanso do corpo e da mente, o respeito pela vida e suas realidades belas como, por exemplo, o tempo para uma amizade, a prática de esporte etc. No ativismo, a pessoa se descentraliza do essencial de sua missão motivado por empolgações imaturas, fuga de si mesmo, agitações interiores, vaidade pelo sucesso, necessidade de domínio, centralização das tarefas ou mesmo por um zelo irreal pela obra de Deus.
  • Falta de disciplina: Leva-nos a dispensar energia para organizar a vida desorganizada. A disciplina nos encaminha com naturalidade aos compromissos. Surge a frustração em não cumprir os compromissos.
  • O fracasso no apostolado: Paulo experimentou fracassos, com em Atenas, e soube fazer deles causa de conversão (cf. 1Cor 2, 1-5). Mesmo o Evangelho está cheio de situações de fracasso de Jesus junto com o povo, com os Seus e os discípulos, que custaram entender Sua mensagem. Para os orgulhosos, os fracassos são motivo de desânimo ou de acusações. Para os humildes, os fracassos são pistas para retomar o essencial da missão. Beata Elisabete da Trindade (1880-1906) nos traz a ideia de que o fracasso é tão importante, que é como um mandamento.
  • Uma espiritualidade insuficiente: A pressa na oração, a pouca qualidade na oferta de si mesmo. O cansaço vem quando se perde a identidade e o sentido! Uma fonte de repouso é a redescoberta do essencial de nossa vocação. A oração nos coloca no coração de Deus, mantendo-nos na identidade e no sentido de nossa caminhada.
  • O adiamento da conversão: Quando não assumimos a decisão de mudança e vamos adiando a conversão, há uma tremenda luta e perda de energia na sustentação da identidade e de práticas antigas. Às vezes, lutamos com realidades em nós que são desnecessárias e carregamos “não o peso suave e fardo leve de Cristo”, ou seja, “a mansidão e a humildade” que é a Sua Doutrina (cf. Mt 11,29), mas o peso de nossas mentiras, de nossos orgulhos: a angústia de quem não perdoa, o azedume de quem critica, a luta de quem tem um coração duro, a desconfiança de quem não confia, o desespero de quem é orgulhoso. O tempo pede a maturidade de ser feliz na doação de si. Contudo, quando se resiste à felicidade da maturidade, e continua insistindo em receber, logo surge uma vida frustrada, e a caminhada humana/cristã se torna infeliz e pesada.
  • Não aceitação da própria verdade: A mentira a respeito de nós mesmos nos faz desprender energias com coisas desnecessárias, bem como esforço para manter oculta a verdade. Deus nos ama, não apesar de nossa franqueza, mas porque somos fracos. Procuramos o bem, não por méritos, mas como resposta ao Seu amor e, quando parecemos ricos, saibamos que continuamos pobres, porque só Ele é rico. É preciso reconhecer nossas franquezas com liberdade e louvor (cf. 1Jo 1, 8-9; 1Cor 1, 27; 2Cor, 12,10).
  • Luta contra Deus e Sua Vontade: ter um coração agradecido, louvor à glória de Deus.

Diante disso tudo, é preciso sempre discernir o motivo da aridez. Para tanto, é importante um diretor espiritual. Discernido, especialmente se os motivos são os erros da caminhada, é preciso aplicar os remédios que vêm de encontro a esses erros. Santo Inácio de Loyola (1491-1556) dizia que “na tribulação não se deve tomar nenhuma decisão”. Isso é importante, porque se trata de um momento frágil que o maligno pode usar para nos confundir. Fundamental é que em toda aridez se mantenha a decisão por Cristo, pois Ele mesmo nos diz: “Buscai e achareis. Batei e vos será aberto.Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á” (Mt 7, 7-8).
 
 

André L. Botelho de Andrade

André L. Botelho de Andrade Casado, pai de três filhos. Com formação em teologia e filosofia Tomista, Fundador e Moderador Geral da Comunidade Católica Pantokrator, onde vive em comunidade de vida e dedica-se integralmente à sua obra de evangelização. Contato: facebook.com/andreluisbotelhodeandrade