sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O canto de entrada de acordo com a Liturgia


Com Lucas e Fabio Roniel

“Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros” (Missal Romano, número 47).

Ouça na íntegra a entrevista sobre a liturgia:


Devemos estar atentos aos adjetivos que são usados nos cantos de entrada, para que eles estejam de acordo com a “Instrução Geral do Missal Romano”. Por isso, deve ser um cântico que sirva para dar início à celebração, que favoreça a união dos fiéis e que os introduza no mistério do tempo litúrgico (Tempo Comum, Advento, Natal, Quaresma).

O músico Lucas define o canto de entrada como um cântico processional, ou seja, é o povo de Deus que, em procissão, segue rumo ao altar para a Celebração Eucarística e, assim, viver o sacrifício da Santa Missa. “O canto inicial precisa acompanhar essa procissão de entrada”, recorda o missionário e tecladista Fábio Roniel.



Segundo o Quirógrafo do Beato João Paulo II, “A música litúrgica deve, de fato, responder aos seus requisitos específicos: a plena adesão aos textos que apresenta, a consonância com o tempo e o momento litúrgico para o qual é destinada, a adequada correspondência aos gestos que o rito propõe”, ou seja, a melodia e da letra deve-se estar em perfeita harmonia.

.: Você sabe fazer o "aquecimento" antes de cantar?

Para o tecladista, o cântico inicial deve ser simples: “Como ensina o Quirógrafo, a simplicidade do canto fará com que ele não seja cantado de forma atropelada. Quem é compositor precisa olhar o canto de entrada e ver quais são os gestos que o celebrante está fazendo e, a partir dessa perspectiva, a trilha musical deve ser composta”. E ressalta que o ministério de música deve estar atento ao que está cantando, pois não pode ferir o propósito da liturgia, comparando esse fato a um filme de drama cuja trilha seja de suspense, ou seja, o que se vê é uma coisa e o que se ouve é outra.

“Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples [livros sagrados, aprovados pela Igreja, em que são musicadas as antífonas], ou então outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado pela Conferência dos Bispos.
Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles, ou pelo leitor; ou então, pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial” (Missal Romano, número 48).


 
 

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