quarta-feira, 26 de março de 2014

Cardeal Orani alerta sobre ideologia de gênero na PNE


Documento será votado nesta quarta
O Arcebispo do Rio de Janeiro afirma ser antinatural e anticristã a tentativa do Plano Nacional de Educação
 
Da Redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro

Cardeal Orani Tempesta alerta sobre ideologia de gênero
Arcebispo do Rio de Janeiro pede que população se manifeste / Foto: Arquivo CN
 
Será votado, nesta quarta-feira, 26,  na Câmara dos Deputados, o Plano Nacional de Educação. O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta, alerta para a “ideologia de gênero” que está presente no documento.
 
Segue mensagem do Cardeal:
 
Depois de adiada várias vezes devido à pressão popular, a votação do Plano Nacional de Educação (PNE), a vigorar nos próximos dez anos como parâmetro ao sistema educacional brasileiro, foi marcada para a próxima quarta-feira, dia 26 de março.
 
O documento a ser votado contém, no entanto, uma afronta às famílias brasileiras responsáveis pelas novas gerações, pois introduz, oficialmente, no ensino nacional, a revolucionária, sorrateira e perigosa “ideologia de gênero”, desmascarada mais de uma vez por estudiosos de renome.
 
É importante saber que a palavra gênero substitui – por uma ardilosa e bem planejada manipulação da linguagem – o termo sexo. Tal substituição não se dá, porém, como um sinônimo, mas, sim, como um vocábulo novo capaz de implantar na mente e nos costumes das pessoas conceitos e práticas inimagináveis.
 
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Nesse modelo inovador de sociedade, não existiria mais homem e mulher distintos segundo a natureza, mas, ao contrário, só haveria um ser humano neutro ou indefinido que a sociedade – e não o próprio sujeito – faria ser homem ou mulher, segundo as funções que lhe oferecer.
 
Vê-se, portanto, quão arbitrária, antinatural e anticristã é a ideologia de gênero contida no Plano Nacional de Educação (PNE) e que, por essa razão, merece a sadia reação dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade, a fim de pedir que nossos representantes no Congresso Nacional façam, mais uma vez, jus ao encargo que têm de serem nossos representantes e rejeitem, peremptoriamente, a ideologia de gênero em nosso sistema de ensino.
 
As formas de participação – simples, mas imprescindíveis – são as seguintes:
 
 
b) ligação gratuita pelo telefone 0800 619 619. Tecla “9” pedindo a rejeição à ideologia de gênero em nosso sistema educacional.
 
São José, patrono da família, rogai por nós!
 
Rio de Janeiro, RJ, 22 de março de 2014
 
† Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
 
 

quinta-feira, 20 de março de 2014

A pedido de Francisco, Bento XVI comenta entrevista à revista jesuíta


Colaboração
Após conceder entrevista à revista “Civiltà Cattolica”, Francisco pediu a Bento XVI que fizesse suas considerações
 
 
Da redação, com ACI Digital

A pedido de Francisco, Bento XVI comenta entrevista à revista jesuíta
Bento XVI e Francisco mantém uma relação próxima de respeito e amizade (Foto: Arquivo)
 
O prefeito da Casa Pontifícia, o Arcebispo Georg Ganswein, informou que o Papa emérito Bento XVI enviou ao Papa Francisco quatro páginas de comentários depois de ler a entrevista que o Pontífice argentino concedeu à revista dos jesuítas “Civiltà Cattolica” em setembro de 2013.
 
Em uma entrevista ao canal de televisão alemão ZDF recolhida pela agência italiana Korazym, Dom Ganswein, que é também secretário de Bento XVI, explicou que o Bispo Emérito de Roma não o fez por iniciativa própria, mas a pedido do Papa Francisco.
 
Na entrevista, concedida ao jornal alemão por ocasião do primeiro ano do pontificado do Papa Francisco, Dom Ganswein disse que “quando o padre Spadaro (diretor de Civiltá Cattolica) entregou o primeiro exemplar desta entrevista, Francisco me deu isso e me pediu que a levasse a Bento”.
 
“Olha, a primeira página depois do índice está vazia. Aqui o Papa (Bento XVI) deve escrever todas as críticas que lhe venham à mente, e depois você me devolve”, disse-lhe o Santo Padre Francisco.
 
“Assim, fui ver o Papa Bento e disse-lhe que o Papa Francisco lhe pedia que escrevesse aí todos seus pensamentos, críticas ou sugestões depois de ler a entrevista, e depois eu informaria ao Papa (Francisco)”. Três dias mais tarde, segundo o relato, “deu-me quatro páginas –é obvio, não escritas à mão, mas que ele havia ditado à irmã Brigit– em uma carta”.
 
“Ele (Joseph Ratzinger) fez a sua tarefa. Leu-a e respondeu o pedido de seu sucessor fazendo algumas reflexões e também algumas observações sobre determinadas afirmações ou questões, que considerava que talvez poderiam ser desenvolvidas depois em outra ocasião. Naturalmente não digo os temas aos quais se refere”, concluiu o Arcebispo Ganswein.
 
 

quarta-feira, 19 de março de 2014

São José e o amor da vida escondida


O quanto fala alto o silêncio da vida de São José, escondida aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus
 

Pouco diz a Sagrada Escritura sobre a vida do pai nutrício de Jesus, São José, cuja solenidade é celebrada hoje pela Igreja universal. Ela limita-se a citar a sua genealogia [1], o fato de que era "justo" [2], o sonho no qual recebeu a visita de um anjo [3], a sua profissão [4] e a paternidade que ele verdadeiramente exerceu junto de Jesus [5]. Nada mais. E, se isso pode levar algumas pessoas a desprezar o valor e a virtude desse grande santo, é porque não consideraram o quanto fala alto o silêncio de uma vida oculta aos olhos dos homens, mas resplandecente diante de Deus.

É importante considerar, em primeiro lugar, a grandeza dos bens que Deus colocou nas mãos de São José, para apreciar com justeza o valor de seu escondimento. A providência quis que esse homem fosse depositário fiel da virgindade perpétua de Maria Santíssima, sua esposa; do menino Jesus, o próprio Deus feito homem; e – não fossem os dois o bastante – do segredo da encarnação do Verbo. Uma vida toda passada ao lado de Jesus e Maria e tão poucas palavras ditas a seu respeito, nenhuma palavra saída de sua boca... Como isso é possível?

O beato João Paulo II tem uma frase que se adequa de modo preciso ao silêncio de José: "O bem não faz ruído, a força do amor expressa-se na discrição tranquila do serviço quotidiano" [6]. Na mesma lógica, o grande orador francês, padre Jacques Bossuet, diz "que se pode ser grande sem esplendor, bem-aventurado sem ruído; que se pode ter a verdadeira glória sem o socorro da fama, com o único testemunho de sua consciência" [7]. De fato, escreve o Apóstolo: " Gloria nostra haec est, testimonium conscientiae nostrae – A razão da nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência..." [8].

A virtude que teve São José, desprezando as glórias humanas e escolhendo como única testemunha a palavra de Deus talhada em sua consciência, deve animar-nos a fazer o mesmo: ter em pouco caso o parecer das pessoas, para receber unicamente de Deus, "que vê o escondido" [9], a recompensa. " Que os homens jamais falem de nós, contanto que Jesus Cristo fale um dia" [10].

Olhando ainda para o silêncio de São José, alguém poderia perguntar se não seria errado manter obscuro um tesouro tão precioso como Jesus, sem nada dizer sobre ele. Bossuet faz notar, com razão, uma aparente oposição entre a missão confiada aos Apóstolos e a missão confiada a José: Jesus "é revelado aos apóstolos para ser anunciado em todo o universo; é revelado a José para calar e ocultá-lo" [11]. Novamente, como isso é possível? O mesmo padre Bossuet explica essa diferença:

"Será Deus contrário a si próprio nessas vocações opostas? Não, fiéis; não credes: toda essa disparidade tem por fim ensinar aos filhos de Deus esta verdade importante, que toda a perfeição cristã está na obediência. Aquele que glorifica os apóstolos pela honra da pregação, glorifica também São José pela humildade do silêncio. Aprendemos por aí que a glória dos cristãos brilhantes não está nos empregos, e sim em fazer a vontade de Deus. Se todos não podem ter a honra de pregar Jesus Cristo, todos podem ter a honra de obedecer-lhe, e esta é a glória de São José e a grande honra do cristianismo." [12]

"Se todos não podem ter a honra de pregar Jesus Cristo, todos podem ter a honra de obedecer-lhe". Se nem todos podem ter a honra de atravessar terras e mares para anunciar o Evangelho aos quatro cantos do mundo, se nem todos receberão de Deus a coroa do martírio, todas as pessoas, sem exceção, podem obedecer a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas: "ainda que, na Igreja, nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são, contudo, chamados à santidade" [13].

A santidade no escondimento é possível: eis a grande lição de São José. Como ensinou Paulo VI, ele "é a prova de que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam ‘grandes coisas’, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas". [14]


Glorioso São José, rogai por nós!



Por Equipe Christo Nihil Praeponere

 

Referência

 
  1. Mt 1, 16
  2. Mt 1, 19
  3. Mt 1, 18-24
  4. Mt 13, 55
  5. Lc 2, 41-51; 3, 23
  6. Homilia em visita ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, 15 de agosto de 2004, n. 4
  7. Jacques Benigne Bossuet. Panegírico de São José. 1659. In: Panegíricos. Trad. Pe. Clementino Contente. 1. ed. Rio de Janeiro: Castela, 2013. 500p.
  8. 2 Cor 1, 12
  9. Mt 6, 4
  10. Jacques Benigne Bossuet. Panegírico de São José. 1659. In: Panegíricos. Trad. Pe. Clementino Contente. 1. ed. Rio de Janeiro: Castela, 2013. 500p.
  11. Ibidem
  12. Ibidem
  13. Concílio Vaticano II, Constituição dogmática Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964, n. 32
  14. Omelia nella Solennità di San Giuseppe, 19 marzo 1969


Tríduo de São José - Terceiro Dia



Tríduo de São José
          
Começamos hoje o 3º dia do Tríduo de São José. Ricardo Sá, membro da Comunidade Canção Nova , reza conosco.
 
 

terça-feira, 18 de março de 2014

Tríduo de São José - Segundo Dia



Tríduo de São José
          
Começamos hoje o 2º Dia do Tríduo de São José. Ricardo Sá, membro da Comunidade Canção Nova , reza conosco.
 
 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Tríduo de São José - Primeiro Dia



Tríduo de São José - Primeiro Dia
           
Começamos hoje o 1º Dia do Tríduo de São José. Ricardo Sá, membro da Comunidade Canção Nova , reza conosco.
 
 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Papa Francisco... um ano para recordar!



          
Fazer memória é, também, amar uma vez mais algo que nos marcou. Nossa pequena homenagem ao homem que, com coragem e humildade, deixou-se guiar por Deus para ser nosso Pastor. Celebremos um ano de Papa Francisco!
 
 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Amar, uma tarefa diária para todo cristão

O amor é um ato de determinação; requer-se uma vontade deliberada de amar
 

O chamado de Jesus consiste unicamente no amor, de modo que as palavras dirigidas a Mateus – “Segue-me” (Cfr. Mt 9, 9) – podem também significar o imperativo do verbo amar: ame! Seguir Jesus é amar. A vocação cristã, portanto, se resume nessa atitude de doação, que só um coração contrito e apaixonado por Deus é capaz de ofertar aos outros.

O Catecismo da Igreja Católica, aprofundando um pouco mais neste mistério, explica que somos vocacionados do amor, porque fomos “criados à imagem e semelhança de Deus”[1]. Visto que Deus é amor, como narra São João, também nós somos predestinados a tomar parte nesta natureza, tornando-nos, em Cristo, filhos de Deus e, por conseguinte, membros de seu Corpo. Nesse sentido, que belo exemplo nos dá a Virgem Maria, como modelo de perfeição, ao acolher com total obediência – “eis aqui a escrava do Senhor” (Cfr. Lc 1, 38) – o propósito divino para sua história. Ela escolheu a melhor parte.

Por outro lado, lembra-nos o livro de Gênesis (Cfr. Gn 3, 10) a vocação do homem ao amor foi abalada a partir do momento em que – assistido pelos conselhos perniciosos da serpente – ele optou por ser um deus sem Deus. Com efeito, o amor ao Criador e suas criaturas, que era antes doação, converteu-se em amor próprio: amo-me acima de todas as coisas. Esse amor doentio (filáucia), que os padres da Igreja consideram a mãe de todas as doenças espirituais, permeia todo o orbe católico, até mesmo os lugares onde se exala certa piedade e zelo apostólico[2]. As liturgias impecáveis, a oração do terço, a opção preferencial pelos pobres, por sua vez, podem muitas vezes esconder um teatro com aparência de santidade. Diz o Papa Pio XII[3]:

[...] Sabeis, veneráveis irmãos, que o divino Mestre considera indignos do templo sagrado e expulsa dele os que crêem honrar a Deus somente com o som de bem construídas palavras e com atitudes teatrais e estão persuadidos de poder prover de modo adequado à sua salvação sem arrancar da alma os vícios inveterados.

O cristianismo não é uma religião de formalismo sem fundamento e sem conteúdo. Quando São Josemaria Escrivá pede que tenhamos uma oração litúrgica, nada mais faz do que obedecer à lei de Deus, exortando-nos a conhecer “a genuína natureza da verdadeira Igreja”[4]. Na liturgia, celebramos o mistério pascal, com o qual Cristo nos redimiu e tornou-nos coerdeiros das graças divinas. Mas essa celebração deve estar acompanhada por uma atitude interior de entrega e amor a Deus, de sorte que o homem respire a beleza de uma vida em comunhão com o Senhor. Ensina o Catecismo da Igreja Católica: “a liturgia é o ápice para o qual tende a ação da Igreja, e ao mesmo tempo é a fonte donde emana toda a sua força”[5]. Mas sem o amor, torna-se pouco eficaz, pois, com a liturgia – insiste oportunamente Pio XII –, a Igreja “quer que todos os fiéis se prostrem aos pés do Redentor para professar-lhe o seu amor e a sua veneração”[6].

Pelo contrário, se este propósito não estiver em todo coração católico, por mais belas que sejam as casulas e os ornamentos do altar, a celebração não passará de um monólogo: uma conversa comigo mesmo, em cujo cerne se encontra apenas a minha própria vontade. Analisando muitas atitudes ao nosso redor – e até mesmo a nossa – perceberemos que infelizmente não estamos muito distantes disso.

O amor é um ato de determinação; requer-se uma vontade deliberada de amar. Não se trata de um sentimento, mas de uma resposta à ação de Deus, bebendo “incessantemente da fonte primeira e originária que é Jesus Cristo”[7]. Recorda-nos Bento XVI, na sua encíclica Deus Caritas Est, que “quem quer dar amor, deve ele mesmo recebê-lo em dom”[8]. A esse respeito, une-se à voz do Santo Padre a “pequena via” de Santa Teresinha[9]:

[...] Oh! Como eu gostaria de ser hipnotizada por Nosso Senhor! Foi o primeiro pensamento que me veio quando acordei. Com que doçura eu lhe entregaria a minha vontade! Sim, eu quero que ele se apodere de minhas faculdades de tal modo que não faça mais ações humanas e pessoais, mas, ações divinas, inspiradas e dirigidas pelo Espírito de Amor!

Quando posto à prova pelos fariseus em relação ao maior de todos os mandamentos, Cristo não hesitou em dizer: “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” (Cfr. Mt, 22, 37-39). Esta é a nossa única tarefa diária: amar, amar, amar!



Por Equipe Christo Nihil Praeponere
 
 
 

Referências

 
  1. Catecismo da Igreja Católica, n. 27.
  2. Padre Paulo Ricardo, Filáucia, a mãe de todas as doenças espirituais, Curso de Terapia das doenças espirituais, aula 1.
  3. Pio XII, Carta Enc. Mediator Dei (20 de novembro de 1947), n. 21.
  4. Constituição Conciliar Sacrosanctum concilium, n. 2.
  5. Catecismo da Igreja Católica, n. 1074.
  6. Pio XII, Carta Enc. Mediator Dei (20 de novembro de 1947), n. 21.
  7. Bento XVI, Carta Enc. Deus Caritas Est (25 de dezembro de 2005), n. 7.
  8. Ibidem.
  9. Uma noviça de Santa Teresinha, Carmelo de Cotia, p. 111



sábado, 1 de março de 2014

Por que as pessoas não estão mais rezando pelas almas do Purgatório?





O Concílio de Trento, em 1563, ensinou que o purgatório existe e que as almas aí retidas podem ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis e sobretudo pelo santo sacrifício do altar.

Entrar no céu e participar da glória de Deus é o anseio de cada cristão. No entanto, para que isso aconteça é preciso que a pessoa esteja totalmente purificada de seus pecados e pronta para amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e com todo o seu entendimento.